Para registrar alguns dos principais momentos da II Semana de Cultura e Arte Tibetanas, realizada entre 27 de maio e 4 de junho, em Santa Catarina, organizamos uma Galeria de Fotos, que você pode conferir clicando no link http://www.voice.com.br/semanatibetana-galeriadefotos/

Um debate promovido com três jornalista brasileiros que visitaram o Tibete – Airton Ortiz, Luis Pelegrini e Haroldo Castro – encerrou na noite de sábado (4), a II Semana de Cultura e Arte Tibenas, realizada no prédio da reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina.

Durante quase 10 dias, mais de 1.000 pessoas participantes das exposições e do ciclo de palestras que integraram o evento, puderam conhecer um pouco da cultura, da arte, da história e da situação do povo tibetano sob domínio da China desde 1949.

Cerca de 80 pessoas – média de participantes do ciclo de palestras que aconteceu no auditório da UFSC – ouviram os relatos sobre as experiências vividas pelos três jornalistas em viagens realizadas em clima de aventura ao Tibete. Uma das mais curiosas delas foi a do jornalista Airton Ortiz, que entrou na região com a ajuda da resistência tibetana e ajudou a viabilizar a saída de um lama do budismo do Tibete que corria riscos: Urgyen Trinley Thaye Dorje, a 17ª. Reencarnação do Karmapa Lama e terceiro nome dentro da estrutura hierárquica do budismo tibetano. A história pode ser conferida no livro “Pelos Caminhos do Tibete”, editado pela Record. Haroldo relatou suas experiência, mostrando belíssimas fotos tiradas no Tibete e Pelegrini emocionou o público relatando detalhes de seus encontros com Dalay Lama (em Dharamsala, Índia).

Se você não pode comparecer e participar da II Semana de Cultura e Arte Tibetanas, que chegou ao fim hoje (4/6), com a cerimônia de desmantelamento da mandala, confira a cobertura das palestras pelo www.bodisatva.com.br/aovivo.

Cerimônia de desmantelamento da mandala de areia Foto: Rodolfo Conceição

Cerca de 200 pessoas acompanharam na tarde de hoje, 4 de junho, a cerimônia de desmantelamento da Mandala de Areia do Buda da Medicina, conduzida pelo monge Tenzin Thutop, que durante oito dias trabalhou na sua construção. “O propósito desta cerimônia é relembrar a verdadeira natureza de nossa experiência de impermanência", disse o monge, acrescentando que somos como viajantes nesta Terra. “Estamos aqui por um tempo que é finito e se quisermos ser bons viajantes devemos oferecer amizade e paz para todos os seres".

Tenzin explicou que o desmantelamento da Mandala - uma obra de arte temporária de significado espiritual para os praticantes – é a verdadeira forma de preservar a sua beleza. Embora a prática seja Budista, segundo o monge, pessoas de qualquer tradição podem se conectar a seus significados de valor elevado de compreensão e sabedoria. Durante a entoação de mantras, o monge recolheu os grãos de areia da Mandala lentamente.

Ao final, parte da areia foi jogada em um lago em frente ao prédio da reitoria, da UFSC, e outra distribuída como uma relíquia sagrada aos visitantes. A programação termina às 19h30 com debate sobre o Tibet e a Mídia Brasileira, com presença dos jornalistas Haroldo Castro, Arthur Verissimo, Airton Ortiz e Luis Pelegrini.

Mandala de areia, cuja construção teve início da última sexta (28), tem cerimônia de desmantelamento programada para amanhã (4/6), entre 15h e 17h

Cerca de 1.000 visitantes já estiveram na II Semana de Cultura e Arte Tibetanas, que teve início na última sexta-feira (27/5) e segue até amanhã (4/6), na Universidade Federal de Santa Catarina, reunindo líderes, autoridades e especialistas mundiais em torno do debate da  cultura de paz e da complexa situação do povo tibetano, sob domínio chinês desde 1949.

Um dos grandes momentos do evento, a construção da mandala de areia, que teve início no sábado (28) e segue até amanhã (4), na cerimônia de desmantelamento, conta com a participação de monges do monastério Namgyal, monastério do Dalai Lama nos Estados Unidos, que estão no Brasil pela primeira vez para participar desta arte milenar, feita com milhões de grãos de areia coloridos que representam a impermanência das coisas.

Para quem ainda não foi participar, esta é a última oportunidade de conferir, a partir das 10h, a construção e acompanhar, entre 15h e 17h, o desmantelamento, cuja cerimônia prevê jogar metade da areia no rio, com o objetivo de confirmar a impermanência das coisas e da vida, e distribuir, entre os participantes, a outra metade, que pode ser compartilhada no rio ou, ainda, ser guardada como lembrança pessoal.

Importante lembrar que a mandala do Buda da Medicina trata, além da questão da cura, da paz e da harmonia, e leva, por onde passa e independente do credo, conexão e emoção entre todos presentes.

Não perca!

O professor Robert Barnett fala sobre a luta por sobrevivência dos Tibetanos e a política chinesa na noite desta sexta-feira

O auditório da Reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina recebe hoje, às 19h30, o professor americano Robert J. Barnett, que ministrará a palestra “Política chinesa para o Tibete e a luta por sobrevivência dos tibetanos” – parte da programação dos últimos dias da II Semana de Cultura e Arte Tibetana.

Barnett fundou e dirige o primeiro programa do ocidente de Estudos Modernos sobre o Tibete, na Universidade de Columbia, nos EUA, além de ter coordenado, durante cinco anos, um programa anual para estudantes estrangeiros na Universidade do Tibete, em Lhasa. O professor dá aulas sobre o cinema, televisão e biografia do Tibete, e já editou ou publicou diversos livros sobre o Tibete moderno. Barnett também é considerado um dos maiores tibetologistas do mundo.

O Monge Tenzin Thutop do Mosteiro Namgyal de Ithaca NY, EUA, faz preces matinais antes de trabalhar na mandala de areia: