domingo, 29 de maio de 2011

Lama Padma Samten ministra palestra sobre "A Cultura Budista Tibetana"

Lama Padma Samten compôs a mesa de sua palestra com o Prof. Rev. Joaquim Monteiro e com o Prof. João Lupi, ontem, às 19h50, para debater o tema “A Cultura Budista Tibetana”.

Lama Padma Samten inicou seu discurso pedindo que as 75 pessoas presentes o acompanhassem em um mantra e, depois de agradecer a presença de todos, começou a falar sobre fatos históricos na cultura tibetana. Para o debate, Lama falou sobre o budismo em outros países, como o Afeganistão e Islã. Também destacou aspectos da cultura budista, forte nesses locais, em tempos antigos, afirmando que “a cultura budista nesses países começou, praticamente, na mesma época que Buda alcançou sua iluminação.”

Para ele, as pessoas devem entender que outras tradições trazem outras visões. Devemos ouvir pacificamente, seguir o que é bom e descartar o que não é útil. E diz: “o budismo se manteve vivo pela capacidade de trazer benefícios aos seres, e não pela força militar ou política, nem por textos ou imagens de Buda. Os mestres entendem e sabem como passar o conhecimento, mesmo para o ocidente, e isso possibilitou a presença do budismo hoje.”

Na programação vespertina de ontem foram realizadas duas palestras sobre arte tibetana. A primeira, ministrada pelo artista tibetano Ogen Shak, ele contou o processo para a produção das thangkas, arte tibetana que pinta deidades, e disse que o artista não tem liberdade para criar, pois as pinturas são a materialização de textos sagrados, e têm regras e medidas exatas a seguir. Para ele, “A arte busca a felicidade.”

Por fim, a artista brasileira Tiffani Gyatso contou como conheceu o budismo e como foi ser a primeira estrangeira a ser aceita no Instituto Norbulingka, em Dharamsala, na Índia, lugar de exílio de Sua Santidade Dalai Lama. Para ela, o artista precisa de persistência para concluir uma thangka, pois são muitos detalhes e precisa de muita concentração. E afirma que “o maior valor de uma thangka é contemplativo”. Tiffani ressaltou, ainda, que o artista precisa se apaixonar pelas formas e linhas. Ao ser questionada sobre as cores utilizadas nas pinturas, sempre de tons fortes, Tiffani explicou que, por exemplo, a cor vermelha é utilizada pois é contrastante, já que no cenário tibetano, que tende a ser árido, os tons são sempre marrons, e o azul, do céu.

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